O final do ano e o Planejamento

Quando nos aproximamos do final do ano, nos envolvemos com tantas coisas, que acabamos nos esquecendo de uma das mais importantes para um negócio {ou para nossa própria vida}: o planejamento

Quando nos aproximamos do final do ano, nos envolvemos com tantas coisas, que acabamos nos esquecendo de uma das mais importantes para um negócio {ou para nossa própria vida}: o planejamento. Às vésperas de um ano que promete ser tão tumultuado quanto esse que finaliza, o planejamento se torna um grande aliado para o enfrentamento do cenário crítico que nos aguarda: política e economicamente.

Já é sabido que o Planejamento é uma ferramenta essencial para qualquer negócio, mas ainda assim ele tem sido muito pouco usado. Quem, por exemplo, nunca se deparou com uma ou algumas dessas frases: “aqui é assim mesmo, tudo se decide na última hora”, ou, “meu chefe é muito ocupado, faz tudo de última hora, e dá tudo certo no final”, ou ainda, “impossível realizar um planejamento em meio à turbulência que vivemos aqui, principalmente nessa crise pela qual atravessamos”.

Essas “desculpas” estão cada vez mais comuns no ambiente corporativo, em um momento que deveria ser totalmente o contrário. Estar preparado para enfrentar dificuldades ou para realizar um investimento com certa “coragem”, é para poucos. E são esses “poucos” que fazem do planejamento uma filosofia de vida.

Por onde começar?

Estando no final do ano, não é agora que vamos conseguir fazer tudo aquilo que lembrarmos que deveríamos ter feito {e não fizemos}. É hora de anotar e fazer uma longa e reflexiva avaliação.

Um adendo: essa avaliação é muito importante, também, quando se tem planejamento definido, pois com ela, sabemos o que foi feito, o que não foi, por que não foi, quais foram os resultados ou consequências, e o que poderá ser feito daqui em diante, independentemente do cenário.

Vale destacar que o planejamento não está condicionado às planilhas mirabolantes, aos planos incansáveis e teóricos ou às demoradas reuniões que nunca se resolve nada. O planejamento deve partir de algumas premissas básicas: quem sou? Onde estou? Onde quero chegar? Como farei para chegar? Tenho condições de chegar?

Com algumas dessas perguntas respondidas, temos o ponto de partida. Agora, basta colocar em prática! Saber os meios corretos de colocar todas essas vontades em ação é uma vantagem inigualável. Saber também que no meio do caminho talvez seja necessário refazer algumas táticas ou mudar a direção, também é importante.

No decorrer da trajetória, guarde tudo: deu certo? Faltou alguma coisa? Não foi nada daquilo que você pensou? Deu tudo errado? Em fim, tenha esse controle de dados, pois como um bom planejador, precisará disso. Ter mais lucro, ser mais visto, colher bons frutos… Tudo isso vai depender de como você se colocou, lá atrás, quando falamos de onde estávamos, onde queríamos chegar e como faríamos para chegar.

Assim, o cenário que encontrarmos não será uma surpresa absurda e não ficaremos naquele dilema de que “deveria ter feito de outra forma”. Se errarmos, pelo menos previmos. Se acertarmos, pelo menos planejamos. Se mudarmos de foco, pelo menos saberemos o por que. Isso é planejar. É trilhar caminhos mais tranquilos, nos dotando de capacidade de adaptação e de crescimento. Por fim, no meio a essas premissas básicas, tivemos aí o diagnóstico, o planejamento em si, a definição de estratégias e táticas, o plano de ação, o plano operacional, a avaliação e o controle. Simples assim.